A eleição recente para o Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), ocorrida em março, gerou intensas polêmicas e questionamentos legais. O pleito, que teve a participação de três chapas iniciais, teve como vencedora a chapa 'Somos Atletismo', liderada por Wlamir Motta Campos e o medalhista olímpico Edson Luciano.
Um dos pontos de conflito surgiu com a exclusão da chapa 'O Atletismo Pode Mais', encabeçada por Joel Lucas de Oliveira, presidente da Federação Paulista de Atletismo (FPA). Joel contestou sua exclusão, alegando que foi feita de maneira arbitrária e em desacordo com o estatuto da CBAt. Como medida, ele acionou a Justiça para tentar reverter a situação e suspendeu o resultado da eleição.
O embate teve origem em uma impugnação feita à chapa de Joel, alegando problemas na prestação de contas da FPA. No entanto, Joel refuta essas alegações, afirmando que a dívida mencionada está em processo de contestação judicial e que a regularidade da FPA foi validada pela CBAt antes da assembleia.
Além disso, Joel aponta uma série de irregularidades no processo eleitoral, incluindo a participação de federações inadimplentes na votação, falhas no sistema de votação digital e a escolha de membros da Comissão Eleitoral de forma parcial. Ele destaca que tais falhas comprometem a legitimidade da eleição e o respeito ao estatuto da CBAt.
Apesar das alegações feitas, a CBAt ainda não emitiu um posicionamento oficial sobre o assunto, deixando em aberto o desfecho desse episódio. Enquanto isso, Wlamir Motta Campos foi definido como o presidente para o ciclo até os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028, embora o resultado continue sendo questionado judicialmente.